“É preciso continuar defendendo o pagamento do índice integral da data-base”

      O servidor público do Poder Executivo Estadual sempre esperou com ansiedade o mês de maio, em razão do pagamento da data-base. Ocorre que, ao longo dos últimos anos, o 1º de maio de cada ano vem sendo de profunda insatisfação para todas as categorias e isso porque o Governo do Tocantins não vem aplicando o índice INTEGRAL apontado pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), apurado para todo o período. Ou seja: o Governo vem pagando o valor que quer pagar, sem levar em conta que a data-base é para  CORRIGIR as perdas que os servidores públicos tiveram com a inflação acumulada.

 

      Vejamos um breve histórico: em 2019, o INPC foi de 5,0747% e o Governo pagou 1%; em 2020, o índice foi de 2,4599% e o Governo pagou 1% de novo. Em 2021, o INPC foi de 7,5911% e o Governo pagou mais uma vez 1%; no ano de 2022, dos 12,4655% apontados pelo INPC, o Governo pagou apenas 4%. Em 2024, ao invés de quebrar o ciclo de prejuízos, o Governador Wanderlei Barbosa decidiu conceder somente 3,71% que é o INPC apurado até dezembro de 2023. Isso significa, meu caro colega servidor, que ficamos no prejuízo em 4 meses. Isso mesmo: quatro meses fora do cálculo de pagamento! De 2019 até hoje, temos então quase 30% de prejuízo em nossa data-base! Imagine 30% a mais no seu salário a cada mês, quanta diferença faria! Agora, imagine o valor anual que estamos perdendo somente porque o Governo do Estado não está aplicando o índice INTEGRAL na hora de pagar. É revoltante fazer essa análise e perceber o quanto estamos sendo prejudicados!

 

      A AJUSP-TO entende que é preciso seguir defendendo o pagamento do índice integral da data-base, a fim de que realmente haja o caráter de “correção das perdas inflacionárias”. Efetivamente, tudo vai ficando mais caro e nós estamos perdendo, ano após ano, grande parte do poder de compra das nossas famílias. Cabe lembrar que quando o Governo do Tocantins anunciou menos de 4% para a data-base 2024, a AJUSP-TO foi a primeira entidade classista representativa da categoria a se posicionar criticando a medida. Importante destacar ainda que, apesar de não haver um dispositivo legal que estabeleça o índice a ser pago, é preciso que o Governo do Tocantins considere a imensa defasagem salarial que a categoria vem acumulando. Para além disso: é hora de parar de copiar e se inspirar nos erros do passado e passar, então, a viver o hoje, vislumbrando conquistas REAIS e tratando o servidor público com justiça e responsabilidade.

 

Por Cleiton Pinheiro

Presidente da AJUSP-TO

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